quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Sentido de Voto para o Plano e Orçamento 2008

Na Assembleia Municipal de Dezembro de 2008, o Dr. Belarmino Costa, Deputado da Assembleia Municipal do PSD Fafe, Apresentou na Argumentos sobre o sentido de voto da Bancada do PSD sobre o plano e orçamento para 2008.
Intervenção do Dr. Belarmino Costa:

SENHOR PRESIDENTE E MEMBROS DA MESA DA ASSEMBLEIA

SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA E SENHORES VEREADORES

SENHORES DEPUTADOS MUNICIPAIS

MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES



Temos pela frente, para discussão e aprovação, o maior orçamento de sempre.

Mais de 38 milhões de euros (cerca de 7. 700 mil contos.)


Na nossa perspectiva, ainda que a Câmara o apresente de forma prudente e muito cautelosa, cabe-nos a nós ser claros e pragmáticos:

Þ Este orçamento prima pela dúvida
Þ Promete mas põe condições
Þ Lamenta-se por viver um período de vacas magras mas dá-se ao luxo de aumentar a despesa corrente em vez de a diminuir.

É portanto, um orçamento irrealista, tal como foram os anteriores.

Por outras palavras, este orçamento não é para ser executado. É para adiar como os anteriores o têm sido.


Nas suas linhas gerais, vejamos de perto o orçamento:

Promete mais investimento na rede de águas pluviais, mas precisa de conhecer melhor os recursos do novo quadro comunitário (o QREN);

Promete um sistema integrado de transportes urbanos em Fafe (há muito necessário, sobretudo em algumas zonas), mas para isso, precisa de alargar o estacionamento pago a mais zonas na cidade;

Promete concluir, até 2009, a aposta na educação, mas, no caso das escolas do 1º ciclo, em Fafe, precisa que o governo cumpra com os investimentos numa nova escola secundária para resolver os problemas do ensino básico.

Promete construir a área desportiva no parque da cidade, mas também espera por apoios do governo.

De facto, encarado com rigor, este orçamento não permite veleidades.

Todos sabemos que há constrangimentos financeiros e que todos estamos obrigados a “apertar o cinto” em nome dos mais nobres princípios do défice.

Mas, que dizer de um orçamento que apresenta um aumento da despesa corrente superior a 8% ?

Note-se que isto significa mais do triplo da inflação prevista para 2008?

Qual é a justificação para este aumento na despesa corrente ? Desconhecemos.


E o que dizer da taxação excessiva, sobre tudo e sobre todos:
Num concelho depauperado;
Num concelho que apresenta taxas de desemprego e sub-emprego das mais elevadas;
Num concelho onde as empresas estão asfixiadas, encerram, reduzem postos de trabalho e ameaçam mais desemprego.

Senhor presidente, senhores deputados,
(isto não é ficção nem demagogia. É real e sente-se todos os dias)


Esperava-se por isso, que neste orçamento houvesse um sinal de preocupação por parte da autarquia e esse sinal deveria estar reflectido neste orçamento.

Mas não.
Ao contrário de muitas outras autarquias do Baixo e Alto Minho, do Ave ou do Tâmega, o Município de Fafe não apresenta perspectivas nem soluções para os problemas reais do desenvolvimento.

O que dizer da dinâmica dos responsáveis desta autarquia, onde não há investimentos privados nem públicos visíveis ?

Qual é a capacidade de influência política para conseguir obter os apoios de que há muito carece ?

Na verdade, Senhor Presidente e Senhores Deputados, a avaliar pelos anos anteriores, temos de ser coerentes e concluir que essa capacidade para influenciar até os próprios membros do governo socialista, é muito reduzida.

Mas também não queremos ver somente os aspectos maus deste orçamento.

De facto, para 2008 há uma medida positiva para os cidadãos fafenses: a fixação da taxa variável de IRS em 3%, quando poderia ser de 5%.

Consideramos que esta proposta tem cabimento e não podemos estar contra ela.
Porém, somos mais a favor de uma outra perspectiva que incidisse sobre as famílias mas também sobre as empresas, dado que são estas que geram e sustentam o emprego. E sem emprego as famílias ficam bem mais pobres.

Espanta-nos que o Município de Fafe, ao contrário de todas as autarquias vizinhas, e de muitas outras do país, apresente no orçamento para 2008:
As taxas do IMI nos limites máximos (tal como nos anos anteriores);
Taxas de derrama sobre as empresas também nos limites máximos (e também igual aos anos anteriores).

E espanta-nos porque a realidade da indústria, do comércio e dos serviços, em Fafe, é de perfeita penúria de rendimentos, e nem o comércio local obtém um sinal para a sua revitalização, tão-pouco os industriais são vistos e percebidos como a mola impulsionadora da produção de riqueza e emprego.

E neste cenário crítico que se vive, o município fica insensível?


E que dizer dos novos empréstimos à banca para financiar os investimentos previstos?

O orçamento propõe o aumento do endividamento da Câmara em cerca de 40%, passando a dívida para perto de 15 milhões de euros, quase esgotando a sua capacidade total de endividamento.

E este aspecto particular do recurso aos empréstimos bancários, merece-nos uma palavra:

Em primeiro lugar, não somos contra o empréstimo de 3.750.000 euros para a recuperação do Cine-Teatro.

O que nos parece é que, para os investimentos tão avultados já feitos e a fazer neste equipamento, deveriam estar já definidas as formas de utilização e gestão, para serem bem empregues os dinheiros dos munícipes. O que não é o caso.

Sobre essa matéria, e se de facto iremos ter o Cine-Teatro pronto antes de 2012, não seria desde já necessário incluir este ex-libris da cultura regional no roteiro de eventos a realizar no âmbito do projecto Guimarães - capital europeia de cultura ? Tal como já o fizeram Braga e Famalicão, por exemplo.

Em segundo lugar, com a capacidade de endividamento da autarquia quase no limite, há um outro aspecto muito crítico:
É que a câmara compromete projectos futuros ficando sem margem de manobra até para captar receitas comunitárias.


Por todas as razões assinaladas,

Porque muitas das obras de que se faz eco, serão empurradas para 2009 e seguintes, como resulta da leitura do plano plurianual de investimentos
(mercado municipal, requalificação da feira municipal, Jardim do Calvário, etc, etc…)

E porque a forma de agir dos responsáveis do Município e a dinâmica (ou a falta dela) dos representntes do Partido Socialista já nos habituaram a estar atentos aos erros primários que são cometidos, a esperar e a ouvir as desculpas sempre as dificuldades crescem e os erros aumentam,

Nós, os Deputados do Partido Social Democrata, iremos votar contra este Orçamento.

Muito Obrigado




quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

PSD Apresenta proposta

Propostas apresentadas na AM para a redução do IMI e DERRAMA

Exº Sr. Presidente da Assembleia Municipal,
Sr. Presidente da Câmara,
Srs. Veredores,
Caros Deputados Municipais,
Minhas Senhoras e meus senhores

Estas nossas propostas surgem no seguimento de propostas aqui verbalizadas por nós em debates orçamentais anteriores e que vão no sentido de aliviar a carga fiscal que começa a ser incomportável quer para as famílias quer para as empresas. Ao apresentar estas propostas para deliberação pretendemos também vincular e responsabilizar esta assembleia e os partidos que nela têm assento com a decisão que venha a ser plasmada na votação.

Assim, sugerimos numa primeira fase uma redução de 20% nas taxas de IMI e DERRAMA, passando as actuais taxas, que se encontram nos limites máximos permitidos por lei (0,8% para prédios rústicos e prédios urbanos não avaliados e 0,5% para prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI) para 0,65% e 0,4% respectivamente, enquanto que a DERRAMA passaria dos actuais 1,5% para 1,2%. A diminuição da DERRAMA é para nós uma medida fundamental, numa altura em que as empresas se debatem com grandes dificuldades de sobrevivência, não só devido às questões inerentes à economia de mercado e à globalização, mas também devido às elevadas cargas fiscais a que estão sujeitas no nosso país, sendo as consequências conhecidas por todos nós e que se traduzem nas falências, nas deslocalizações reflectindo-se no aumento do desemprego, que no nosso concelho atinge já valores superiores à média nacional. Esta é pois uma medida que daria um sinal claro de confiança aos empresários fafenses.

Estas medidas têm ainda mais sentido de serem apresentadas dado que, nos concelhos limítrofes a Fafe já se aplicam para estes impostos taxas inferiores às nossas, portanto, mais vantajosas para os particulares e para as empresas. Lembro ainda que a tendência futura em relação à receita do IMI é para que aumente, dado que a grande maioria dos prédios avaliados estão sob o efeito de isenção durante alguns anos, deixando de o estar no futuro à medida que essas isenções terminem.

Em termos orçamentais esta redução de 20% nestes impostos representam um decréscimo na receita de 1,8% (cerca de 700 mil euros), o que num orçamento de 38,5 milhões de euros são facilmente diluídas, receita esta que no entanto se poderia recuperar noutras rubricas quer em termos de aumento de outras receitas mas principalmente na diminuição de despesa corrente.

Sem querer radicalizar o discurso permitam-me que diga o seguinte: estas duas propostas vão permitir aferir de uma forma muito clara quem é que tem verdadeiras preocupações sociais e está do lado das famílias e dos empresários.

Engº José Baptista

Fafe, 28 de Dezembro de 2007

Assembleia Municipal de 28 de Dezembro de 2007

Na Assembleia Municipal de 28 de Dezembro, o PSD de Fafe em conjunto com os partidos da oposição apresentaram uma proposta de destituição da Mesa da Assembleia Municipal, que tem por diversas vezes contribuido de forma negativa para o bom funcionamento das Assembleias, com sucessivas eleições dos membros da mesa para cada Assembleia por indisponibilidade da presença dos seus Membros. Esta proposta não foi aprovada com os votos da bancada socialista, que teima em Segurar o Presidente da Mesa em Funções, apesar das Sucessivas trapalhadas nas já famosas actas das Assembleias Municipais.